segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Terapia alternativa como opção de tratamento


Folha de Pernambuco - 27/09/2009.
Por Carolina Albuquerque


A correria do dia a dia leva muita gente a buscar soluções práticas. Quem nunca tomou um comprimido para passar uma dor de cabeça e, no outro dia, ela estava de volta? Esta atitude tão comum na nossa cultura demonstra que o saudável não é entendido como resultante do bem estar físico, emocional e espiritual. Massoterapia Ayurvédica, Acupuntura, Reflexologia, Reiki, Florais, Yoga, Tai Chi Chuan são algumas terapias que observam o paciente por completo na hora de tratar. Nesta reportagem, você vai conhecer o que a Organização Mundial de Saúde (OMS) denominou como terapia complementar e integrativa.

Antes tidas como alternativas, as terapias holísticas são denominadas, hoje, complementares e integrativas. Holístico vem do grego holos - que significa todo -, nessa linha da medicina, é um tratamento pensado para o indivíduo por inteiro. Cada vez mais comum no Ocidente, a origem dessas terapias é milenar e está localizada no mundo oriental, principalmente, na Índia, China e Japão. A terapia holística trabalha a partir dos chakras, que são canais dentro do corpo humano por onde circula a energia vital que nutre órgãos e sistemas.

Existem sete principais, cada um relacionado com a uma função no organismo. É através da harmonização dessa energia que as doenças podem ser tratadas ou prevenidas. A terapeuta holística Leda Santiago (mais conhecida por MaPrem Zaki) trabalha há 22 anos na área e explica a ligação que existe entre o físico e o emocional. “Quando alguma coisa não vai bem na vida de uma pessoa é certo que o sistema imunológico dela irá enfraquecer. Por isso o foco é no homem como um todo. Se cuidamos da energia, o corpo é beneficiado”, explica.

A enfermeira e professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Eliana Vasconcelos, elaborou uma pesquisa sobre tratamento da depressão através da terapia floral. “As essências florais vão atuar na causa do problema. Procuramos saber o que levou a pessoa a desenvolver a doença, e então escolhemos a flor relacionada. Fiz um tratamento com três idosas, todas responderam positivamente”, contou.

No entanto, a terapia deve andar em paralelo à medicina convencional, já que uma vai cuidar da energia e a outra da produção química necessária para combater a doença. Foi o caso do funcionário público Alex Pereira, de 33, que curou uma paralisia facial moderada e dores causadas por irritação no nervo ciático com o auxilio da massagem ayurvédica (estimula os músculos e a circulação para liberar toxinas presas). “Meu médico tinha dado um ano e meio para o meu tratamento, procurei paralelamente a massagem e em quatro meses fiquei bom”.

Apesar de entender que o tratamento holístico deve ser complementar ao alopático (uso de medicamentos), a terapeuta Leda Santiago acredita que deveria ser o contrário. “A medicina oriental surgiu antes da ocidental. Por exemplo, os chineses entendem que o corpo e a mente não estão dissociados, assim a medicina convencional é a holística. No ocidente, é tratada como complementar apenas por uma questão de hierarquização social”.

Diante da grande oferta dessas terapias em centros de estética e academias, Leda alerta para o risco de se procurar terapeutas sem uma referência segura. “É preciso saber quem é esse profissional, quantos anos ele trabalha com isso, onde foi sua formação”, concluiu Leda.

YOGA

Para os que associam o yoga àquelas posições complicadas, que exigem muita flexibilidade e condição física, enganam-se. Existem várias técnicas e especializações desta terapia que podem direcionar os exercícios adequados para cada pessoa. Da infância à terceira idade, qualquer faixa etária é permitida para a prática. A professora de yoga do Clube da Melhor Idade São Marcos, Lourdes Siqueira, utiliza a linha do Yoga-Integral com os idosos. “A soma desses exercícios contribui para que o idoso tenha sempre pensamentos positivos, aumente o potencial criador e a autoestima”, explicou Lourdes.

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